quarta-feira, 28 de maio de 2014

O etnocetrismo

O etnocentrismo e um visão em que a sua etnia ou cultura e mais valorizada, tida como a melhor, como o centro. Viviamos em uma sociedade onde a etnia, branca, era mais valorizado, e as religiões de matrizes africanas negadas. O hip hop foi criado justamente por isso, por serem excluídos, terem suas raízes negadas, foi criado por negros mas seus questões eram sociais, não só raciais. Foi criado de contra os ideais impostos pela sociedade, de uma etnia e cultura como melhor, não respeitando as diferenças e colocando os negros a margem da sociedade. Com tantas etnias e culturas diferentes surge o relativismo cultural, enquanto o etnocentrismo não aceitava as diversidades culturais,querendo impor a sua, o relativismo surge pra estudar as diferentes culturas. Ele estuda o comportamento delas, tentando entende-las, pro relativismo os valores e ideais, o certo e o errado e relativo, vai de acordo a culturas que você segue.

NEGRITUDE E HIP HOP

Em meio a uma conjutura de opressão social, política e racial sobre os negros, que os levava a violência e dizimação. Afrika Bambaataa, Kool Herc e outros DJ’s que estavam em contato com a cultura sound system vinda da Jamaica e outros ritmos americanos e africanos, uniram esses elementos em festas. As gangues foram encontrando naquelas novas formas de arte, uma maneira de canalizar a violência em que viviam submersas, e passaram a frequentar as festas e dançar break, competir com passos de dança e não mais com armas. Essa foi a proposta de Afrika Bambaataa, considerado hoje o padrinho da cultura Hip Hop.
A Cultura popular é o que caracteriza e qualifica um povo, é o que dá o tom a uma dada sociedade abrangendo um modo de vida. Ao contrário da 'cultura das elites', a cultura popular surge das tradições e costumes e é transmitida de geração para geração, principalmente, de forma oral. O Hip Hop por onde passou e se instalou se firmou enquanto cultura popular e ganha força nos guetos, favelas, espaços onde transmitem os costumes, ideologias e vivências, além de ser uma potente ferramenta em busca de melhores dias principalmente para a juventude. O movimento HIP HOP coloca o negro enquanto sujeito de atuação histórica, buscando como referência heróis negros, e vem negar a visão passiva do negro na sociedade brasileira. Através das produções de cada um dos elementos, podemos observar a visão protagonista do negro, se resignificando enquanto quilombos urbanos, espaços de luta e atuação.
- Lisia Lira

MULHER NO HIP HOP

Nas últimas décadas, uma nova geração de mulheres parece estar usufruindo de muitas conquistas das lutas de gerações anteriores de mulheres militantes como o maior espaço no mercado de trabalho, terem deixado de ser propriedade de seus maridos, a maternidade estar passando a ser escolha e não destino etc. No entanto, segundo BIONDI (2000), houve um momento na história do feminismo em que se percebeu que as experiências e demandas que vinham sendo discutidas pelo movimento eram, basicamente, as das mulheres brancas, heterossexuais, de classe média e que estas estavam sendo generalizadas e validadas como de todas as mulheres. No Hip Hop essas questões também são discutidas pelas ativistas e agentes do mesmo, pois no rol de “questões sociais”, apenas muito recentemente aumenta a força de questões relativas à mulher. É possível perceber que, nas letras de rap de muitos grupos no Brasil e nos EUA, as mulheres aparecem como símbolos de status e objetos de consumo, ao lado de carros, jóias, armas e apartamentos. Muitas MC’s contam que já foram vaiadas durante shows e questionadas quanto sua capacidade como rappers, DJs, grafiteiras ou b.girls apenas por ser mulher. Esse preconceito intrínseco ao Hip Hop é reflexo de uma sociedade machista, mas que a luta diária das mulheres construindo uma nova cena, como diz a MC de Belo Horizonte, Bárbara Sweet: “Com a formação da Frente Nacional de Mulheres do Hip Hop (FNMH2), movimento criado por ativistas, artistas e simpatizantes de todo país, que se reuniram para se expressar, debater e reivindicar mais espaço dentro cultura urbana para as mulheres, novas ações foram pensadas e a Liga Feminina de MCS já é um resultado da (FNMH2), que terá eliminatória em algumas cidades do Brasil. A ideia é fomentar e difundir a cultura do freestyle e das batalhas entre as mulheres, ajudando a trazer pra cena, através do intercâmbio com outras e do apoio mútuo, mais mulheres pro palco. Acho que a mulher está de fato descobrindo seu espaço. Não só no Hip Hop, mas na sociedade em geral. E o rap é só um reflexo. Acho que mais mulheres tem se mostrado competentes e independentes, fazendo som e rima de qualidade. Com uma pegada feminina linda e original. Acho que dentro dos 4 elementos as mulheres vem alcançando uma visibilidade baseada em competência e não em ser mulher de ciclano ou Beltrano. Ou em apenas ser uma mulher na cena. 

- Lisia Lira.

ORIGENS

O hip hop surgiu nos Estados Unidos, na década de 70, mais precisamente nos subúrbios de Nova York e Chicago. Muito mais que se falar de música, o Hip Hop não se restringe apenas a musicalidade, ele se manifesta enquanto cultura de um povo, que pra aquela geração não se sentia representado e a conjuntura dessa cultura vai de encontro a tudo o que estava disposto pelo Estado Americano e que também se retratava nos países que estavam sobre influência política dos EUA, pois as realidades dos excluídos eram semelhantes. Nos estudos de Andrade (1996) e Silva (1998), o Hip Hop é considerado como um movimento social juvenil, por sua contestação social e política através de seus elementos artísticos (rap, break, graffiti, dj), que garantem visibilidade e cidadania aos jovens que dele participam. Além de ser um movimento organizado, também discute sua função de vanguarda política e ideológica junto ao movimento negro. Através do Hip Hop os jovens negros de periferia começaram a ter o entendimento de suas realidades e se manifestar sobre ela, não que antes nada fosse visto, mas o Hip Hop vai surgir enquanto uma ferramenta de identidade e união. Dessa forma a cultura Hip Hop vai se organizar em torno de uma causa específica, criar uma identidade para os seus e lutar pelo seu reconhecimento em campos que vão além do artístico. Essa conotação dada ao Hip Hop como um movimento de “contracultura”, ou seja, contrário à ordem da cultura política vigente. Esta questão foi explicada por Sônia Alvarez, Evelina Dagnino e Arturo Escobar (2000) ao expor a relação entre cultura e política tomada pelos movimentos sociais ao criarem uma política cultural que confronte a cultura política hegemônica na sociedade.  


- Lisia Lira

Arte Educação HIP-HOP





O hip-hop, ele vem com uma característica das comunidades carentes, dos morros e das Favelas.  Tiveram pessoas que perceberam que o Hip-Hop poderia mudar a vida de muitos jovens através do break do Rap expressando o que sente e através e através do grafite.
Após ser inserida nas instituições de ensino como Arte Educação-Hip-Hop, foi possível perceber que os professores inverteram seus papéis e passaram a ser denominados educadores e no decorrer do processo percebem que essa inversão tem feito a diferença na vida de jovens para a sociedade, através da arte se utilizando do rap com suas rimas e do break através de sua dança, meios estes que tem em suas letras mensagens educativas, dotadas de capacidade de fazer com que esses jovens aprendam brincando.
Contudo, o Hip Hop não apenas mais um estilo musical com um modo de cantar com levadas bem fraseadas e rimas bem feitas, mais sim uma forma de representação que traz aspectos relevantes da vida cotidiana e faz com que muitos jovens de bairros periféricos repensem sua juventude ao invés de entrar no mundo das drogas.

"Nós fazemos parte de um corpo só,
Chamado rap, e então não vem querer julgar
Qual dos braços é o melhor,
Cada braço tem sua importância, seu jeito de ajudar,
Cê pode pá que eu vim ser mais um braço e só."     
                                          (Flavio Renegado)

terça-feira, 27 de maio de 2014

Feminismo, a insercao no hip hop

O hip hop comecou com um pensamento machista, pelo passado,de como o corpo da mulher negra era tratado como objeto. O inicio do feminismo no hip hop se deu com as mulheres fazendo participacao em musicas com outros rappers. A partir dai foi abrindo caminho, e algumas feministas declaradas foram aderindo ao movimento como queen latifah, mc lyte e yo-yo, que foram abrangendo um vasto publico e comearam  a usar o hip hop como arma na luta femina por respeito e igualdade. Começaram a falar sobre temas como violencia domestica, abuso sexual, só homens no poder entre outros temas, e foram ganhando seu espaço no hip hop e voz perante a sociedade.

Hip hop musica de negro?!

O hip hop surgiu nas favelas e periferias. Pela sua predominância negra, e o local de onde surgiu, gerou preconceito. Era comum ouvi algumas pessoas dizerem que o hip hop era  musica de negro, mas na verdade o movimento não foi criado para negros e sim por negros o que há diferenca. Existe todo um preconceito com os negros pelo ocorrido no passado, oprimidos, excluídos, fizeram da favelas e periferias seu lar, e do hip hop, uma arma contra o racismo e outras questões sócias, onde qualquer pessoa que se identificasse,poderia se juntar ao movimento.