quarta-feira, 28 de maio de 2014

ORIGENS

O hip hop surgiu nos Estados Unidos, na década de 70, mais precisamente nos subúrbios de Nova York e Chicago. Muito mais que se falar de música, o Hip Hop não se restringe apenas a musicalidade, ele se manifesta enquanto cultura de um povo, que pra aquela geração não se sentia representado e a conjuntura dessa cultura vai de encontro a tudo o que estava disposto pelo Estado Americano e que também se retratava nos países que estavam sobre influência política dos EUA, pois as realidades dos excluídos eram semelhantes. Nos estudos de Andrade (1996) e Silva (1998), o Hip Hop é considerado como um movimento social juvenil, por sua contestação social e política através de seus elementos artísticos (rap, break, graffiti, dj), que garantem visibilidade e cidadania aos jovens que dele participam. Além de ser um movimento organizado, também discute sua função de vanguarda política e ideológica junto ao movimento negro. Através do Hip Hop os jovens negros de periferia começaram a ter o entendimento de suas realidades e se manifestar sobre ela, não que antes nada fosse visto, mas o Hip Hop vai surgir enquanto uma ferramenta de identidade e união. Dessa forma a cultura Hip Hop vai se organizar em torno de uma causa específica, criar uma identidade para os seus e lutar pelo seu reconhecimento em campos que vão além do artístico. Essa conotação dada ao Hip Hop como um movimento de “contracultura”, ou seja, contrário à ordem da cultura política vigente. Esta questão foi explicada por Sônia Alvarez, Evelina Dagnino e Arturo Escobar (2000) ao expor a relação entre cultura e política tomada pelos movimentos sociais ao criarem uma política cultural que confronte a cultura política hegemônica na sociedade.  


- Lisia Lira

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