terça-feira, 27 de maio de 2014

O Hip Hop como expressão sociocultural das periferias

A partir da década de 60 que essas mudanças começaram a ocorrer. Surgiram movimentos de ruptura e de contestação das formas tradicionais e canonizadas de cultura e arte. A arte, enquanto produto do conhecimento humano, sempre sofreu mediações para ser compreendida. A sacralização artística não permitia novas interpretações, assim, era instituído um lugar de poder entre o artista e o apreciador da arte. Além disso, era rebaixada toda produção artística ou cultural que não seguisse aos padrões estabelecidos socialmente e politicamente. Pensar a periferia das grandes cidades e sua relação com a pós- modernidade é também pensar a relação que há entre as minorias e os grupos de poder estruturados ao longo dos anos na sociedade. O modo de representação da periferia como “pós-centro”, dentro da perspectiva “pós-estrutural”. A violência, o desrespeito, o sofrimento, a indiferença, a impunidade e, principalmente o preconceito fazem parte da vida de quem mora nos bairros mais pobres e esquecidos pelo poder público. Esses aspectos da pós-modernidade dentro de uma perspectiva sociocultural, diz respeito ao estudo de grupos minoritários que ocupam o cenário das periferias das grandes cidades. Percebe-se que esses grupos constituídos essencialmente por negros, pobres e marginalizados, vítimas até hoje do sistema excludente da sociedade, são produtores de cultura, de música e de arte como qualquer outro e expressam-se conforme a necessidade de sentir-se ouvidos.

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